A atual sociedade aspira envelhecer cada vez mais tarde e com qualidade. Para que isso aconteça de maneira saudável, é imprescindível investir em qualidade de vida, começando com uma rotina diária com exercício físico, ingestão de água e dieta balanceada, por exemplo. A tecnologia também pode colaborar muito nessa empreitada, e não só com o uso de equipamentos estéticos disponíveis nas clínicas, mas também por meio dos alimentos funcionais, dos nutracêuticos e dos suplementos alimentares, que são importantes aliados e estão acessíveis a todos.
Embora já bastante utilizados, esses produtos geram dúvidas quanto à definição e funcionalidade de cada um. Por esse motivo, a Farmacêutica Especialista em Nutracêuticos e Nutricosméticos, Karina Ruiz, que acaba de lançar o livro "Nutracêuticos na Prática - Terapias baseadas em Evidências", explica que, de fato, há algumas diferenças entre eles, mas, inquestionavelmente, todos auxiliam na saúde como um todo, desde a prevenção de doenças degenerativas até mesmo na melhoria da aparência da pele, cabelos e unhas.
"São alternativas práticas e eficazes para ingerir nutrientes essenciais ao organismo humano, uma vez que a depleção de minerais e das vitaminas dos alimentos tem ocorrido cada vez mais. Deste modo, a suplementação pode ser uma alternativa para suprir parte dessa carência, além de auxiliar no bem-estar", explica Karina.
Entenda as diferenças. É muito comum essa confusão porque as conceituações são semelhantes em várias partes do mundo. Os alimentos funcionais são comercializados e consumidos efetivamente como alimentos no dia a dia, quer dizer, para ser considerado um alimento funcional, é necessário que ele contenha substâncias com propriedades fisiológicas em quantidades suficientes a ponto de fazer diferença no organismo humano, mas não são considerados terapêuticos, ou seja, estão associados à redução do risco de doenças, porém, não as previne.
Os nutracêuticos, por sua vez, foram criados em 1989 por Stephen DeFelice ao associar as palavras nutrição e farmacêutico. Trata-se de um termo ulizado para designar componentes isolados de alimentos que apresentam propriedades terapêuticas, ou seja, que possam atuar até mesmo na prevenção de doenças. O nutracêutico pode ser consumido sob diferentes formas como: o nutriente isolado em cápsulas (uma vitamina ou um sal mineral), um suplemento dietético em cápsulas ou em pó (compostos poli-vitamínicos e poli-minerais ou misturas contendo aminoácidos) e produtos herbais (extrato de uma determinada erva), alimentos ou produtos processados como sopas e bebidas.
Já o conceito de suplemento alimentar parece mais simples. Ele começou a ser desenvolvido há cerca de cem anos por Gowland Hopkins. Hoje, os suplementos são usados para acrescentar nutrientes à dieta normal. "Os suplementos, basicamente, são as formas de obter os nutracêuticos, em formas farmacêuticas como shakes, gomas, sopas, cápsulas, comprimidos e soluções", conclui Karina.
Fonte: Karina Ruiz
Graduada em Ciências Farmacêuticas pela PUC-Campinas, com Mestrado em Farmacologia do Processo Inflamatório pela Unicamp. Atua como Consultora Técnica na Área de Farmácia Magistral há mais de nove anos e como Professora Convidada em Cursos de Pós-graduação em Farmácia, Cosmetologia e Anti-Aging, Nutrição, Nutrologia, Nutrafarmacologia e Saúde há mais de oito anos. É Palestrante de Vídeos-aula e Cursos pela Consulfarma - Assessoria Farmacêutica. É autora do livro Nutracêuticos na Prática - Terapias baseadas em Evidências (2012).
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